sábado, 25 de novembro de 2017

Monsenhor Bastos

Falta 1 dia…

“A minha opinião é suspeita porque uma associação como esta, mista, fui eu que a fundei. É natural que a associação esteja para mim como os filhos estão para o pai, pois quem meus filhos beija minha boca adoça. (…) Agora há grupos que ficam muito perto de nós porque o acólito é o colaborador do altar, é o colaborador íntimo da igreja. A associação de acólitos despertou e continua a despertar uma enormíssima confiança.”

Padre Manuel Bastos

(Entrevista para o Jornal Laus Deo)

A Associação de Acólitos só é como é porque teve e continua a ter como pilar 
fundamental o Monsenhor Bastos. 
Cada vez acredito mais que foi fundada, nos moldes em que está, com um enorme amor. 
Um amor que veio e continua a vir de Deus. Um amor que não pode ser destruído. 
Acredito que a Associação de Acólitos foi fundada por um Santo! Um Santo que fez tanto por ela. Fez tanto por nós!
Um Santo que confiou em nós. Um Santo que continua a confiar em nós. 
E nós? 
O que fazemos com esse amor? Com essa confiança? 
Damos-lhe continuidade? Ou não? 
Dar continuidade é fazer com que a nossa história continue… Fazer com que este amor 
continue a crescer e que chegue a toda a gente. Fazer com que essa confiança perdure. 
Ele confiava em nós. Perdão, Ele CONFIA em nós! Sim, porque ele olha e reza por nós, 
acredita! Se não… não seria a mesma coisa.

Monsenhor cumpriu a sua missão.

E tu? Estás disposto também a cumpri-la? 
Estás disposto a assumir perante toda a gente o teu compromisso?



Mariana Rodrigues

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Acolitado na minha vida

Faltam 2 dias...

"A Associação de Acólitos de Peniche 
foi o meu primeiro e entusiasmante espaço 
de participação activa na vida da comunidade paroquial.

Deus chamou-me ao serviço do altar 
por meio do meu irmão mais velho, acólito também ele.
Creio ter entrado para os acólitos há 50 anos... (ver ficha)
Fui sempre muito apoiado por meus queridos pais : 
cristãos muito comprometidos na fé. Militantes.

Foram muitos os momentos que me iniciaram 
com profundidade e humanidade (guiado por Mons. Bastos)
na espiritualidade e no apostolado que ainda hoje 
me inspiram e me guiam:
as celebrações da Eucaristia como encontro pessoal com Cristo, 
os esperados ensaios litúrgicos para o tríduo pascal, 
as procissões com as quais mostrava publicamente meu ministério, 
as reuniões de formação ao sábado à tarde na sede, 
as muitas actividades desportivas (hóquei em campo e futebol), 
os retiros espirituais e campos de férias no Verão, 
os encontros vicariais de acólitos, 
as quintas-feiras santas na Sé Patriarcal (buscar os óleos), 
os numerosos convívios... os trabalhos para tornar a sede atraente 
e os trabalhos a nível da Direcção da Associação, com outros companheiros.
Na Associação aprendi o serviço gratuito, desinteressado e alegre à comunidade!

A experiência do acolitado marcou tanto a minha vida 
que nunca mais deixei o altar!
Parabéns pelos 60 anos!
Obrigado por se lembrarem de mim no vosso Aniversário.
Faz bem ao missionário saber-se ainda recordado na paróquia-natal
e sentir-se parte da história onde mergulha suas raízes 
e do mar salgado que habita a alma.

Rui, irmão dos acólitos Possidónio e Álvaro"

Padre Rui Pedro


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Acolitado Feminino

Faltam 3 dias...

"Acolitar é para alguns uma vocação, para outros catequese, mas nunca é em vão. Servir a Deus no altar da Eucaristia é um previlégio. Previlégio exclusivo dos meninos durante muito tempo, no entanto, a tradição foi desmoronada em Peniche com a entrada das meninas na Associação de Acólitos em meados nos anos 80." 

Iveta Salvador
Jornal LAUS DEO

Obrigada! 
Obrigada pela ousadia!
Obrigada pela persistência!
Obrigada por a Associação de Acólitos ser uma associação mista!
Obrigada Monsenhor Bastos!
Obrigada! Obrigada! Obrigada!
Simplesmente obrigada!



Mariana Rodrigues

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Tens coragem?

Faltam 4 dias... 
"Ainda é preciso coragem?!
A coragem, tal como a esperança, parece estar em risco de desaparecimento súbito. Talvez seja melhor reformular um pouco. A coragem que está prestes a evaporar-se é a coragem certa. Aquela que nos permite avançar no caminho com a certeza de que não nos perderemos. A coragem que não se ouve nas bocas do mundo é, precisamente, aquela que nos faz falta. A coragem que não se vê nem se vislumbra é, exatamente, a necessária. Ainda é precisa, a coragem. Ainda é preciso coragem.
No entanto, o mundo parece estar inundado de uma coragemzinha triste e cabisbaixa. A coragem de fazer tropeçar quem se cruza no nosso caminho; a coragem de falar sem pensar (ignorando as consequências); a coragem de promoção do auto conforto (mesmo que isso signifique roubar o conforto alheio); a coragem para preferir palavras destrutivas, feias e magoadas (com o intuito de interferir com a paz de quem está à nossa volta); a coragem de cruzar os braços e tornar de pedra todos, e qualquer um, dos nossos gestos; a coragem de ignorar o sofrimento que se fez Casa nos olhos de quem está por perto; a coragem de não fazer absolutamente nada e de deixar tudo entregue aos logo-se-vê que vamos gritando todos os dias.
Lamento mas, a partir desta coragem, não nascem heróis. Se é esta a coragem que nos sobra, então acabo de dispensá-la. Dispenso a coragemzinha. E tu?!
Vais (e queres) encontrar espaço para:
A coragem que faz levantar os que caíram?
A coragem que faz esquecer a mágoa de ontem?
A coragem que prefere palavras bálsamo (em vez de palavras-seta) ?
A coragem para abrir os braços ao que ainda é preciso ser construído?
A coragem para os gestos que tranquilizam e acalmam?
A coragem para abraçar a dor que não é nossa?
A coragem para responsabilizar as nossas mãos pelo que falta ser feito?
É a essa a coragem que nos falta. A mim. A ti. Ao mundo. Essa que tem a forma de um raiozinho de luz e que vive, precisa e exatamente, no meio do coração de cada um."
Marta Arrais
20 de Setembro 2017

Que coragem andamos à procura?
Qual é a coragem que nos falta para enfrentar os problemas?
Será que já a temos?
Se já a temos, já a utilizámos para ajudar o outro?
Tens coragem para seres o motor da mudança? Para fazeres história?
Tens coragem para seres a força que a Associação de Acólitos precisa?


Mariana Rodrigues

terça-feira, 21 de novembro de 2017

"Era uma vez"

 Faltam 5 dias...

"Vamos, então, continuar a contar a História da Associação de Acólitos, do Movimento Litúrgico de Jovens, de Peniche, cujo nascimento acontece desde há 46 anos.

O começo do conto:«Era uma vez»; na publicação do anterior número da Revista «Laus Deo» foi, a traços largos, que esboçou a narrativa.

Vamos, agora, contar como despontou a ideia da designação de "Movimento Litúrgico de Jovens".

Com efeito, verificou-se aos poucos, que ser membro de uma Associação de Acólitos era frequentar uma boa escola de educação global, isto é: investir múltiplos valores cristãos, consequentemente humanos, por vida de homem ou mulher autêntica, com reflexos na vida privada e social.

E porquê? Porque o acolitado (Serviço Litúrgico), implica teor de vida exemplar, quaisquer que sejam as áreas do viver. O acólito(a) terá de ser exemplo na família, no trabalho, na escola, no recreio, no desporto etc., dará sempre nas vistas.

Sua área de aplicação, a zona do Altar, ao som da Palavra de Deus, na Comunhão Eucarística de Jesus Cristo e de todos os irmãos da Família Humana, confere-lhe uma realidade indiscutível, aos olhos da Fé. Sua túnica branca torna-se símbolo de revestimento divino, tornando o acólito(a) utente cativante.

O culto litúrgico da Palavra de Deus confere ao acólito(a) o hábito de acolher a Palavra de Deus, com respeito, dignidade, conforto, alegria.

O acólito(a) quando deixa o exercício do acolitado, quaisquer que sejam os motivos, guarda saudade do tempo de acolitar.

Acolitado e Liturgia revestem-se de tal incisão, que se poderá afirmar ser de marca.

E, como no começo do conto «Era uma vez», também agora acabo por verificar ser apanhado, nesta História da A.A. do M.L.J.P. surpreendido, porque me vejo a aprender, sempre mais e melhor o conto do «Era uma vez». Será que deva continuar?"

Padre Manuel Bastos
Jornal Laus Deo (7ª Edição nº6, Novembro 2003)


60ºANIVERSÁRIO

A nossa Associação de Acólitos celebra o 
60ºANIVERSÁRIO!!!

Por isso convidamos todos os acólitos e seus familiares a estarem presentes nas atividades que temos para celebrar 60 anos de história.


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

"Associação de Acólitos"

Faltam 6 dias...

"Uma «Associação de Acólitos», incorporando crianças, adolescentes, jovens e adultos, de ambos os sexos. Começou, já lá vão 45 anos, enraizada na Comunidade Paroquial de Peniche.
Não foi concebida A partir de um projeto pastoral elaborado e sistemático. À medida que íamos dando conta do acontecimento simpático, aliás também nos íamos dando conta de que navegávamos embarcados, com registo, à proa, a bombordo P. E. 1958. 
Com feição de sopro ameno, brando e agradável, de Espírito Santo, cientes de que Ele sopra quando, como e onde quer. E, assim, O.K....
Navegando discretos, para não fazer onda, ouvidos e olhos fitos no Farol do Cabo, acautelando naufrágio, seguros de que o Timoneiro, à Roda do Leme (Jesus Cristo), havia de continuar a enriquecer nossa intuição pastoral por uma associação de Acólitos, rumo cada vez mais definido, dando resposta às interrogações: porquê, para quê, para quem, como?
Entretanto, a pretextos vários, ano após ano, fomos intuindo ensaios de programas, regulamentos, projetos, estatutos, aclarando perspectivas de um Movimento Litúrgico para crianças, adolescentes, jovens e adultos, navegando rumo mar de Igreja, de exuberante escola de formação, a partir da Liturgia, cujos sinais ecoam Palavra de Deus, sonorizada na «aparelhagem da Igreja». 
(...)
E tu, membro da A.A., sê fiel. Repara: embarcação e tripulação deverão ser disciplinados. Porém não temerás, porque Timoneiro é Jesus Cristo!
Adeus.
Até ao próximo número se Deus quiser."

Padre Manuel Bastos
Jornal Laus Deo (7ª Edição nº5, Abril 2003)

Uma Associação que só existe, nos moldes em que está, porque o Espírito Santo iluminou este homem, que tanto amava a nossa Associação...

Acredito que ele olha por nós...


Mariana Rodrigues

domingo, 19 de novembro de 2017

Todos nós temos talentos

Faltam 7 dias...
"Qualquer um de nós, em qualquer situação, tem algum talento para desenvolver: um dom que recebemos de Deus e que podemos fazer frutificar em benefício de todos. O que fazemos nós desse talento?" 
 D. Manuel Clemente  
(Tweet 19/11/2017)

O que fazemos com os talentos que Deus nos dá?
Como os pomos a render?
Será que os pomos ao serviço dos outros? Ou guardamos só para nós?
Vale a pena pensar nisto...



Mariana Rodrigues

sábado, 18 de novembro de 2017

Porque temo?

Faltam 8 dias...

"E, entrando Ele no barco, seus discípulos o seguiram;
E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; Ele, porém, estava dormindo.
E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos.
E Ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé?
Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.
E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?"

Mateus 8, 23-27 - Texto de reflexão do momento de silêncio. Retiro 2017.

Porque temo?
Porque temes?
Porque tememos?
O Senhor está sempre connosco. Duvidas?!
Porque duvidas?

Por mais tempestades que tenhamos na nossa vida Ele está sempre ao nosso lado...
Então, porque tememos?
N' Ele temos de pôr a confiança porque Ele nunca nos abandona.

Por mais tempestades que a Associação de Acólitos tenha, o Senhor nunca a deixa só... Logo nunca nos deixa sós...

Por mais tempestades que a Associação de Acólitos tenha, ela vai sempre ultrapassá-las porque "isto" é uma obra de Deus... E quando Deus está metido ao barulho nada morre porque "depois da tempestade vem a bonança". 

É uma obra que o Monsenhor Bastos sonhou e concretizou e se ele lutou pela nossa Associação porque é que nós também não lutamos?
Porque tememos


Mariana Rodrigues

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Preciso de Ti

Faltam 9 dias...
"SENHOR, Tu examinaste-me e conheces-me,
sabes quando me sento e quando me levanto;
à distância conheces os meus pensamentos.
Vês-me quando caminho e quando descanso;
estás atento a todos os meus passos.
Ainda a palavra me não chegou à boca,
já Tu, SENHOR, a conheces perfeitamente.
Tu me envolves por todo o lado
e sobre mim colocas a tua mão.
É uma sabedoria profunda, que não posso compreender;
tão sublime, que a não posso atingir!
Tu modelaste as entranhas do meu ser
e formaste-me no seio de minha mãe.
Dou-te graças por tão espantosas maravilhas.
Os teus olhos viram-me em embrião.
Tudo isso estava escrito no teu livro.
Todos os meus dias estavam modelados,
ainda antes que um só deles existisse.
Como são insondáveis, ó Deus, os teus pensamentos!
Como é incalculável o seu número!
Vê se é errado o meu caminho
e guia-me pelo caminho eterno."
 
[Salmo 139, 1-6.13-14.16.24]

Muitas vezes nos esquecemos que o Senhor conhece tudo o que fomos, tudo o que somos... tudo por o que passámos, alegrias e tristezas...
Comece tudo o que vai em nós....
Ele guia-nos no caminho certo nós é que muitas vezes não o queremos ver... Porque é difícil aceitar, porque nos doi, porque não queremos dar o primeiro passo... 
Ele está sempre ao nosso lado... E mesmo quando não dizemos nada, Ele percebe o que vai no nosso coração.

Nós precisamos d'Ele porque sem Ele não somos realmente felizes... 
Mas o Senhor também precisa de nós em lugares concretos... E será que nós aceitamos aquilo que Ele tem para nós? Será que quando Ele precisa de nós, nós respondemos "sim" sem hesitar? 
Será que estamos lá quando Ele precisa de nós? Nos sítios em que Ele precisa de nós?
Será que já pensámos que o lugar onde Ele precisa de nós e na Associação de Acólitos?
Alguma vez pensaste nisto?



Mariana Rodrigues



quinta-feira, 16 de novembro de 2017

"Desistir também é ganhar?!"

Faltam 10 dias...

"Desistir também é ganhar?!
A bandeira da coragem costuma pintar-se com cores fortes. Para ganhar parece ser preciso fazer da força um lema e carregá-lo ao peito, ainda que doa. Não sei se alguém já terá pensado nisso mas a verdade é que as vitórias fazem ferida. Fazem mossa. Talvez não me tenha explicado bem. Ou talvez não tenha colocado as palavras pela ordem certa. Acredito que são as feridas que nos fazem vencer. São as quedas que nos dão uma corda invisível para voltar a subir. A trepar para o lado certo do caminho. Os joelhos que encontram o chão são os mesmos que se dobram, depois, para agradecer ao Céu. Estamos pouco habituados a agradecer as curvas e os contratempos. Não lhes entendemos a magia, o impacto e, muito menos, a desarrumação que (nos) causam. Não nos parece óbvio, nem apropriado, reagir às reviravoltas que nos enfraquecem com um sorriso. Ficamos atordoados. Perdidos. Zangados. Enraivecidos. Furiosos. As quedas fazem-nos fracos. As dificuldades fazem-nos tremer. As perdas fazem-nos duvidar. As faltas ou as saudades fazem-nos colocar tudo em causa. As voltas que a vida dá retiram-nos do conforto que julgamos ter construído e envelhecem-nos. Reviram-nos por dentro.
Respira fundo.
Respiramos fundo e pedimos aos olhos que se retirem do imediato.
Respiramos fundo e vamos varrendo as perguntas que nos roubaram o chão e a fé:
O que me foi acontecer? O que é que aconteceu? Como é que isto foi acontecer?
Respiramos fundo e reescrevemos a história. Em vez de insistir nas perguntas que nos fazem perder tempo, talvez valha a pena colocar os acontecimentos em perspetiva. Ou, quem sabe, colocar uma perspetiva nova em cada coisa acontecida.
Retomemos o raciocínio. A bandeira da coragem pinta-se de fraquezas. Pinta-se com a tinta salgada do que foi preciso chorar. Para ganhar, é preciso andar para trás muitas vezes. Cair nos mesmos lugares. Aprender a escolher não voltar a cair. Ganhar faz ferida. Faz-nos ferida. Para ganhar é preciso limpar a pele velha do que aconteceu e iluminá-la com uma esperança nova. Depois, é preciso deixar o tempo entrar, passar e ficar. Para ganhar é preciso despentear tudo o que estava quieto e deixar voar tudo o que já não interessa. Eu só ganho com aquilo que a minha queda me ensinou. Ganhar é continuar apesar de tudo o que possa ter acontecido. É esse o verdadeiro significado da palavra ganhar.
É continuar apesar de tudo o que possa ter acontecido.
Agora, é tempo da pergunta nova:
O que é que eu fiz com o que me aconteceu?
Quando conseguires responder, podes descansar: ganhaste!"
Marta Arrais
30 de agosto 2017
"O que é que eu fiz com o que me aconteceu?"
Alguma vez pensámos nisto?

Ou continuamos a perguntar "Como é que isto foi acontecer"?

Desistir ou ganhar?
Aprender com as feridas e com as quedas ou preferir continuar a cair?
Preferir ficar quieto ou agir?
Deixar para trás tudo o que aconteceu ou continuar a bater na mesma tecla?
Continuar a fazer história ou ficar preso ao passado?
Abandonar ou ficar?
Perdão ou ressentimento?
Carregar a cruz ou fugir dela?
Dar o exemplo/testemunho ou não querer saber mais dos outros?
Ser família ou ser meramente um grupo que há primeira contrariedade desiste?
Amar a Associação de Acólitos ou amar a mim mesmo?



Mariana Rodrigues

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Amar não é fácil

Faltam 11 dias...

Carta de São Paulo aos Coríntios (1 Cor 13)

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou.
Ainda que eu distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita.
O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais passará.
As profecias terão o seu fim, o dom das línguas terminará e a ciência vai ser inútil. Pois o nosso conhecimento é imperfeito e também imperfeita é a nossa profecia.
Mas, quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.
Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Mas, quando me tornei homem, deixei o que era próprio de criança.
Agora, vemos como num espelho, de maneira confusa; depois, veremos face a face.
Agora, conheço de modo imperfeito; depois, conhecerei como sou conhecido.
Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor; mas a maior de todas é o amor."


Amor...
Amar não é fácil...
Amar o outro como ele é não é fácil...
Amar aquele que nos fez mal não é fácil..
Amar os defeitos de quem está ao meu lado não é fácil...
O amor não é fácil...
Não podemos querer amar só o que é bom.
Não podemos querer amar só quando recebemos também algo ou só quando satisfazemos os nossos interesses.
Não podemos querer amar num dia e no outro abandonarmos o barco e deixarmos que ele se afunde sozinho.
O amor é amar sempre! Mesmo quando há dificuldades, mesmo quando nos causa sofrimento...  O amor é permanecer firme ao lado de quem mais precisa de nós.
Se não amarmos sempre, mesmo quando as coisas dão para o torto, é porque não amavamos mesmo algo, não amavamos mesmo alguém...
Amar a Associação de acólitos também passa por isto.
Passa por amar para o bem e para o mal... sem abandonar-la quando ela mais precisa de nós!
Amar a Associação de Acólitos não é só vestir a túnica nas festas quando o ambiente também ele é de festa.. Mas sim, quando não nos apetece vestir a túnica... quando o ambiente não é dos melhores... quando sabemos que vamos ser só nós a acolitar...
Amar a Associação de Acólitos é dar o exemplo, ser Testemunho mesmo quando tudo está a ruir à nossa volta... É aguentarmo-nos firmes porque Deus caminha ao nosso lado e porque tudo acaba por passar.
Amar a Associação de Acólitos é isto. Mesmo que doa.
Agora pergunto... Será que eu amo realmente a Associação de Acólitos?
Será que tu amas verdadeiramente a Associação de Acólitos?


Mariana Rodrigues

terça-feira, 14 de novembro de 2017

"Melhor de mim"

Faltam 12 dias...

"Melhor de mim

Hoje, a semente que dorme na terra
E se esconde no escuro que encerra
Amanhã nascerá uma flor

Ainda que a esperança da luz
Seja escassa
A chuva que molha e passa
Vai trazer numa gota amor

Também eu estou
À espera da luz
Deixo-me aqui
Onde a sombra seduz

Também eu estou
À espera de mim
Algo me diz
Que a tormenta passará

É preciso perder
Para depois se ganhar
E mesmo sem ver
Acreditar!

É a vida que segue
E não espera pela gente
Cada passo que dermos em frente
Caminhando sem medo de errar

Creio que a noite
Sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre me iluminar

Quebro as algemas neste meu lamento
Se renasço a cada momento
Meu o destino na vida é maior

Também eu vou
Em busca da luz
Saio daqui
Onde a sombra seduz

Também eu estou
À espera de mim
Algo me diz
Que a tormenta passará

É preciso perder
Para depois se ganhar
E mesmo sem ver
Acreditar!

É a vida que segue
E não espera pela gente
Cada passo que dermos em frente
Caminhando sem medo de errar

Creio que a noite
Sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre nos iluminar

Sei que o melhor de mim
Está para chegar
Sei que o melhor de mim
Está por chegar
Sei que o melhor de mim
Está para chegar" - Mariza

https://youtu.be/2UDZH_Htpq8

Na nossa vida somos tantas vezes confrontados com tempestades que nos tiram o chão, com obstáculos que parecem ser impossíveis de ultrapassar,  com muros difíceis de quebrar que parece que nos tiram a esperança, a felicidade, a paz, o amor... que só nos trazem sofrimento e dor.. parece que ficamos vazios. Sem nada. 
Mas lá no fundo, bem lá no fundo, este sofrimento, está dor não consegue arrancar de nós o melhor  que somos.
No final de tudo, de tudo passar, o que reina é o melhor que fomos... o melhor que somos... E o melhor que iremos ser...
A Associação de Acólitos não é diferente.
Já paraste para pensar no melhor que ela tem?
Já paraste para pensar o bem que ela já fez? O bem que ela continua a fazer? O bem que ela irá continuar a fazer?
Já paraste para pensar no melhor que ela te deu? E no melhor que ela te pode continuar a dar?
Alguma vez pensaste nisto?

Mariana Rodrigues

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

"Os desertos são férteis ao coração"

Faltam 13 dias...

"Os desertos são férteis ao coração

Queremos renascer mas não queremos morrer, queremos ser fortes mas não queremos ser frágeis. Sonhamos castelos e zangamo-nos quando só encontramos pedras no caminho, por só encontrarmos dificuldades. Já pensámos olhar as pedras da nossa vida com os olhos de Deus?
Pedimos a Deus um castelo e zangamo-nos quando Deus nos dá a matéria-prima. Precisamos de olhar as pedras como matéria-prima de castelos. Fernando Pessoa dizia: “Pedras no caminho guardo-as as todas um dia construo um castelo.” Deus é quem torna as dificuldades num degrau de um caminho de felicidade até ao nosso sonho, à nossa missão.
 
Talvez em alguns momentos a vida não seja mais que uma travessia de um deserto em que a floresta e o sonho sejam pura miragem. Ousemos percorrer esse deserto. Jesus caminhou no deserto 40 dias e 40 noites e depois permitiu que o matassem para alcançarmos amor. Quantas sementes já tiveram de morrer para que árvores lindas nascessem? Deixemo-nos morrer. Atravessemos o deserto. Khalil Gibran escreveu “da mesma forma que o amor vos coroa, assim ele vos crucifica. E da mesma forma que contribui para vosso crescimento, Trabalha para vossa poda.”. Deixarmo-nos podar por Deus não é mais permitir-nos ir com Ele. O caminho da felicidade também envolve a travessia do deserto. Mas não duvidem que como diz D. Hélder da Câmara o deserto é fértil. O deserto é fértil ao coração. Por isso olhemos os obstáculos, encontremos-lhe outro sentido. Aceitemos percorrer o deserto. Deixemo-nos habitar pelo silêncio em que Deus nos fala, nos olha e nos ama. Então, as pedras serão castelos, sementes serão flores e os obstáculos serão caminho para o sonho.
 
Se queremos renascer, se queremos uma vida nova devemos deixar-nos moldar por Deus. Temos de deixar-nos ser como o vaso de barro partido que por ser partido deixava cair água pelo caminho. A senhora que o carregava chegava a casa sempre com o vaso a meio. Quando cansada quis comprar um novo, inteiro, olhou e viu o caminho que percorria cheio de flores. Afinal se o vaso não se tivesse partido não havia agora um bonito jardim. Deixemo-nos ser o vaso partido. Façamos das pedras, degraus. Façamos da tempestade a chuva que precisávamos para fertilizar o nosso coração."

Paula Ascenção
13 novembro 2017

Muitas vezes vivemos momentos de deserto.
Um deserto difícil de ultrapassar. 
Mas se Deus o coloca no nosso caminho é porque, talvez, o tínhamos de ultrapassar. 
Precisávamos de passar por ele.
Sim, precisávamos! Porque secalhar não nos estávamos a focar no essencial... Jesus Cristo. 
Agora, está na altura de nos deixarmos moldar. Deixarmos que Deus faça em nós maravilhas. 
Só assim encontramos o caminho da felicidade, que nos leva até Deus. 
Aceitemos percorrer este deserto na nossa vida, na nossa Associação de Acólitos. Aceitemos as tempestades. Simplesmente aceitemos. Mas também tenhamos a coragem de transformar os nossos desertos em terrenos férteis no nosso coração.


Mariana Rodrigues

domingo, 12 de novembro de 2017

Perdoar é possivel?

Faltam 14 dias...

"«Perdoar sempre» não significa viver numa ingenuidade pateta ou deixar-se manipular pelas falsas desculpas de quem vive para ofender. «Perdoar» é não permitir que o rancor e o ódio envenenem a nossa vida." Padre Carlos Caetano

Perdoar é difícil mas é possível.
Perdoar liberta-nos.
Perdoar permite que sejamos novos.
Permite-nos olhar para o outro e para o mundo de forma diferente.
Permite-nos chegar até Deus.
Lembra-te, se Deus nos pede que perdoemos é porque não é, de todo, impossível!




Mariana Rodrigues

sábado, 11 de novembro de 2017

Estás perdido(a) ou achado(a)?

Faltam  15 dias...

"Estamos perdidos ou achados?!

Andamos à procura do que não existe e do que não foi sequer inventado. Não nos sobra tempo para grande coisa mas parece-nos, ainda assim, suficiente para procurar algo sem nome nem rosto que não sabemos definir muito bem. O que sabemos, com uma certeza assustadoramente absoluta, é que queremos o que ainda não temos. O que ainda não é nosso. Julgamos precisar de mais tempo, quando não sabemos gerir o que nos é dado. Julgamos precisar de mais motivação, quando não conseguimos encontrar alegria nas pequenas coisas. Julgamos precisar de mais compreensão, quando não conseguimos fazer um esforço para compreender as escolhas e decisões dos que vivem ao nosso lado. Julgamos precisar de mais atenção, quando não estamos NUNCA atentos ao que (e a quem!) nos diz respeito. Julgamos precisar de alternativas, quando não estamos dispostos a aceitar os caminhos que a vida nos oferece, tantas vezes, de mão beijada. O que precisamos mesmo é de lembrar que todas as correntes que nos atrofiam o coração são, em grande parte, responsabilidade nossa. Na verdade, só podemos receber na medida do que damos e do que queremos disponibilizar. Se teimamos em colocar a nossa metade em tudo o que fazemos, temos que estar dispostos a receber, depois, metade do que queríamos. Do que esperaríamos. Por outro lado, se estivermos dispostos a dar tudo (sem proteger a nossa metade preferida para que uma parte de nós possa estar salvaguardada) é tudo o que estará, também à nossa espera. O que não podemos é aceitar viver uma vida morna e pouco interessante e pedir à vida que nos devolva momentos que nos incendeiem o coração e que nos façam perceber todos os sentidos que a nossa vida tem e pode ter. O que não podemos é dizer que fizemos tudo o que pudemos e, cá dentro onde ninguém vê, ter a certeza que não ousamos nem quisemos fazer metade daquilo que a nossa força nos permitia. O que não podemos é ficar surpreendidos com as tempestades se nunca fomos construtores de paz alguma.
Eu sei. Ainda não respondi à pergunta que nos trouxe aqui. Estamos perdidos ou achados?! Estamos, ainda, bastante perdidos. Às vezes parece que preferimos andar à deriva ainda que os rumos certos estejam ali, mesmo a agitar os seus braços à nossa frente. Estamos perdidos porque só queremos encontrar o que não é necessário. O que não nos faz falta.
Então isso significa que a vida me vai dar na mesma medida que eu der? Sempre? De todas e cada vez? Não. Felizmente, a vida tem tendência a ser bastante mais generosa do que nós."
Marta Arrais
1 de novembro 2017

E tu, Mariana? Estás perdida ou achada?

Há dias que me sinto bastante perdida, me sinto sozinha.
Sozinha a carregar a cruz.
Sozinha a remar contra a maré.
Sozinha a tentar seguir em frente.
Sozinha a tentar dar uma nova vida à Associação de Acólitos.
Simplesmente sozinha...

Porém, também me sinto achada.
Sinto-me achada porque agora, mais do que nunca, percebi, realmente, o que Deus queria de mim quando me pôs à frente da Associação.
Sinto-me achada porque sei que nunca estou sozinha. Deus está ao meu lado. Deus caminha comigo. Deus carrega a cruz comigo.
Sinto-me achada porque sei que é no altar onde O encontro.
Sinto-me achada porque tenho uma Estrelinha, um João, uma Margarida e uma Melissa, que são os meus Simão de Cirene.

Então e nós? Estamos perdidos ou achados?

Mariana Rodrigues